segunda-feira, 4 de julho de 2011

Identidade



Colagens em cadernos, sites pessoais, tatuagens, pôsteres na parede do quarto? É preciso ser, é preciso divulgar-se! Entretanto, na busca desenfreada por uma identidade muitos acabam se tornando apenas espelhos de idéias divulgadas. Afinal, o que separa a busca da identidade do ato de descobrir-se? Se quase todos os conceitos existentes foram criados em épocas anteriores ao nosso nascimento o que nos garante que a união dos ideais que defendemos possa ser o reflexo da singularidade do nosso ser? Já, que não é possível possuir a patente dos pensamentos adotados será a história pessoal o que torna o homem único? Porém, vale lembrar que se tratando de história o destino não se priva de repetir os mesmos fatos com seres diferentes.


Extremamente fácil é reconhecer uma pedra ao vê-la, todavia, o ato de reconhecer é uma questão flexível, variável de acordo com as interpretações. Logo, pode-se concluir que a identidade de uma pedra não é a mesma para pessoas diferentes. Contudo, a pedra não deseja ser pedra, ela apenas é e até uma segunda ordem da natureza continuará sendo. O que faz o homem viver para divulgar a sua identidade? Será apenas uma questão de vaidade? Será que muitas das ações humanas estão apenas relacionadas a uma competição para eleger o melhor publicitário do eu?

Quem é você? Quem foi você? E enfim, o que ainda pretende ser? Por fim, qual é a sua razão de ser? E ainda quem é você aos olhos do outro? Será verdade que vê melhor quem vê de fora? Questões complexas essas, não? De fato, mas apenas por exigirem profunda reflexão! Reflexão, talvez essa seja a diferença entre a vontade de ser e o ato de descobrir-se. Logo, só é possível conhecer a própria identidade após longo período de reflexão, apenas aquele que entende o que foi pode determinar o que é, e conscientemente escolher o que será! Por isso, caro leitor, seja! Conheça a si mesmo e conheça o outro, aquele outro variável que qualquer um se torna diante dos olhos alheios.