Magrelas, vorazes, tão sedutores são os seus desafios que não obstante
nos levam a queda! Ainda assim poucos são os que resistem ao seu charme e
loucos são aqueles que lutam contra os seus encantos. Em suas formas, nas suas curvas um convite à
velocidade. De certo até mesmo os mais tímidos já as levaram para dar uma despretensiosa
volta... Sim, só uma volta, numa tarde qualquer, tomar um sorvete num banco de
praça, contemplar o céu, piscar os olhos agredidos pela luz e ter a certeza que
toda a falta de sorte se dissiparia se vivêssemos sempre ao lado delas!
Ah, magrelas, magrelas, magrelas... Econômicas magrelas, tão pouco nos
pedem, não mais que uma volta. Sobretudo retribuem-nos com a adrenalina no
sangue, na cintilante graça de seu suingue doce de mulata. Contudo, como tu me enerva
magrela, se no instante sublime do gozo me cobra uma daquelas freadas. Ainda
assim, contrariado obedeço apenas para não perder-te, para não cair em
frangalhos chorando tua abrupta partida!
Magrelas, tão charmosas em suas
inúmeras cores, tão travessas a desfilar nas ruas exibindo seus mil adereços.
Ah, quem já não amou uma magrela? Se não saibam que deviam todos! Eu mesmo não
me separo da minha, confesso-me perdidamente apaixonado... E como damos voltas,
tomamos sorvete, conhecemos tantas praças. Sim, vivo a andar de BICICLETA RS.