quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Palavras



" Eu nunca mais vou dizer o que realmente penso. Eu nunca mais vou dizer o que realmente sinto". (Titãs).

Sei que às vezes uso palavras repetidas, mas quais são as palavras que nunca são ditas"? ( Legião urbana).

O que no diz o hoje sobre nossas palavras? Sim, as palavras corriqueiras que entregamos à estrada do tempo. Palavras... Palavras abrigam o nascimento do gesto mais sórdido e do ato mais puro. Palavras de glória, palavras de amor, gritos de guerra...
_ Não... Até... Logo... A gente se vê!?
Ah, como é difícil encontrar palavras quando o assunto é despedida!
Palavras, palavras e palavras... Palavras mobilizam os homens, revelam necessidades. Será que conduzem ao amor, nos retiram da solidão?
_ Como você está? Te amo, TAMBÉM!
kkkkkkkkkkkkkHa ha ha !
Palavras senteciam, palavras me traem, com palavras enfeito o dia, palavras engasgo. Será que ditas mudariam o destino? Tantas palavras, porque quae sempre o choro as cala e não um beijo? Ah, palavras! Tão ardilosas como o canto das sereias. São as palavras copias do que somos ou das ideias que somos ou somos apenas o que nos tornamos após o contato com palavras? Palavras e mais palavras são as formigas da história! Que venham as palavras de luz!

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

A hora da chepa.

Num tribunal de feras recebemos na cara as frutas podres do fim da feira, acorrentados, escarnecidos e vilipendiados somos vitimas de nossos próprios erros, intitulados como bêbados, ladrões, criaturas imundas e indignas. O que nos coloca a bater o martelo? Que certeza maior é esta que nos torna júris da dignidade? Que compreensão pirotécnica é essa que entende os seus erros com um deslize e classifica sempre como avalanche os escorregões alheios?


Impiedoso e invisível tribunal... Por que não o vemos e mesmo assim tanto o tememos? Será o desejo por justiça o que move a fúria da insana corte? Mas, talvez seja somente um receio de ser descoberto e um dia tornar-se réu. Sabemos bem que é sempre melhor manter os segredos! Só o bobo da corte é despido de segredos, só o fétido vendedor de peixes cospe, insanamente, e logo é condenado. Seu crime? Despir-se em público e puxar o tapete, revelando um chão repleto de estrume.

No tribunal da feira as palavras se repetem, o preço é sempre negociável, tudo está em promoção. No tribunal da feira é vergonha chegar atrasado! Maldito júri, esquece-se sempre que as melhores laranjas já foram compradas... Mas, e daí? Dizem que é nobre comprá-las inflacionadas, produto fino e importado... Suco com anúncio engraçado “The Best fruits of Brazil”. Algum problema? Falta de respeito! Que nada! As melhores ideias a serviço do rei, senhor da verdade. Aliado de Deus? Lembre-se sempre é só ir à mesma loja. Os mais novos valores já vendidos parcelados, nos filmes e nas telenovelas.