segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Hiper market Sedução e Rejeição?


Três colheres de carência, dez pitadas de desespero, vinho e insistência a gosto! Talvez essa seja apenas outra receita para os aperitivos de prazer e sedução, entretanto, sendo a conquista um jogo de azar é possível descartamos esta tola receita. Sendo assim que conselhos ajudariam melhor os azarados da rodada? Será que há alguma equação complexa para este resolver este problema? Se houver que matemático instruíu os melhores jogadores?
Fugindo das inumeras perguntas cuja resposta mais apropriada pode resurmi-se apenas num simples sei lá a verdade é que a chamada sorte no “amor” mais assemelha-se a uma corriqueira ida ao supercado! Sim, apenas isso e nada mais! Embora a maioria das pessoas saia à noite revestida de inumeros sonhos e expectativas o ato de conquista e sedução em nada se difere a uma simples caminhada por um corredos repleto de plateiras. Será que somos todos produtos rotulados e eticados por algum hiper market? Se somos quem é o gerente? Relaxem rs não o cronista não irá reclamar, talvez até os iforme o dia das promoções!
Puta merda, será que tudo é mídia, concorrência, dívidas e inflação? Sei lá, mas ops... Não passou o meu cartão o meu crédito... Já sabem o resultado disto? Vergonha, que nada é bem pior, enfim, chegamos a ela a indesejável da rodada, a rejeição! Como lidar com tal sentimento? Por que nos fazemos tantas perguntas indagações após sermos rejeitados?
_ Será que escolhi a roupa errada? Será que estou no lugar errado? Será que os correntes são melhores ou foi algo que eu disse OU NÃO DISSE.... AHHHHHH!
 Talvez a rejeição seja uma das maiores responsáveis pelos complexos ligados a ausência de auto estima. Ainda que a sociedade moderna trate o homem como um produto, na maioria das ocasiões seguir um padrão de “pesos e medidas” para justificar as nossas “derrotas” não é nada construtivo. Contudo, é impossível ser rejeitado e não sentir-se abandonado ou desvalorizado, pois, qualquer ser humano tem uma inclinação a competição. Todavia, após esses esclarecimentos ainda se levanta mais uma pergunta... Será desumano ou incorreto possuir um sistemas de “pesos e medidas”? Não entendam mal, não é o desejo deste pobre cronistas proliferar a ideia do homem produto, mas sim o de afirmar que todos possuem os seus padrões de julgamentos ao ir ao HIPER MARKET RS RS RS...

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Palavras



" Eu nunca mais vou dizer o que realmente penso. Eu nunca mais vou dizer o que realmente sinto". (Titãs).

Sei que às vezes uso palavras repetidas, mas quais são as palavras que nunca são ditas"? ( Legião urbana).

O que no diz o hoje sobre nossas palavras? Sim, as palavras corriqueiras que entregamos à estrada do tempo. Palavras... Palavras abrigam o nascimento do gesto mais sórdido e do ato mais puro. Palavras de glória, palavras de amor, gritos de guerra...
_ Não... Até... Logo... A gente se vê!?
Ah, como é difícil encontrar palavras quando o assunto é despedida!
Palavras, palavras e palavras... Palavras mobilizam os homens, revelam necessidades. Será que conduzem ao amor, nos retiram da solidão?
_ Como você está? Te amo, TAMBÉM!
kkkkkkkkkkkkkHa ha ha !
Palavras senteciam, palavras me traem, com palavras enfeito o dia, palavras engasgo. Será que ditas mudariam o destino? Tantas palavras, porque quae sempre o choro as cala e não um beijo? Ah, palavras! Tão ardilosas como o canto das sereias. São as palavras copias do que somos ou das ideias que somos ou somos apenas o que nos tornamos após o contato com palavras? Palavras e mais palavras são as formigas da história! Que venham as palavras de luz!

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

A hora da chepa.

Num tribunal de feras recebemos na cara as frutas podres do fim da feira, acorrentados, escarnecidos e vilipendiados somos vitimas de nossos próprios erros, intitulados como bêbados, ladrões, criaturas imundas e indignas. O que nos coloca a bater o martelo? Que certeza maior é esta que nos torna júris da dignidade? Que compreensão pirotécnica é essa que entende os seus erros com um deslize e classifica sempre como avalanche os escorregões alheios?


Impiedoso e invisível tribunal... Por que não o vemos e mesmo assim tanto o tememos? Será o desejo por justiça o que move a fúria da insana corte? Mas, talvez seja somente um receio de ser descoberto e um dia tornar-se réu. Sabemos bem que é sempre melhor manter os segredos! Só o bobo da corte é despido de segredos, só o fétido vendedor de peixes cospe, insanamente, e logo é condenado. Seu crime? Despir-se em público e puxar o tapete, revelando um chão repleto de estrume.

No tribunal da feira as palavras se repetem, o preço é sempre negociável, tudo está em promoção. No tribunal da feira é vergonha chegar atrasado! Maldito júri, esquece-se sempre que as melhores laranjas já foram compradas... Mas, e daí? Dizem que é nobre comprá-las inflacionadas, produto fino e importado... Suco com anúncio engraçado “The Best fruits of Brazil”. Algum problema? Falta de respeito! Que nada! As melhores ideias a serviço do rei, senhor da verdade. Aliado de Deus? Lembre-se sempre é só ir à mesma loja. Os mais novos valores já vendidos parcelados, nos filmes e nas telenovelas.


terça-feira, 9 de agosto de 2011

Timidez

No momento exato, é sempre ela a matar os anseios de possuir o inconquistável. De tão cruel tal como o verme anuncia-se e cresce aos poucos, primeiro no suor frio a escorrer pela fronte, alastrando-se rapidamente até as mãos, e por fim culminando num amargo nó na garganta. Será a timidez um mal dos que mal se amam? Que força é essa que nos induz a renunciarmos a relíquia do eu, a força e o direito de expressão? Para alguns a timidez é a fuga dos holofotes, esconderijo ideal para os que evitam cansativos julgamentos, álibi perfeito para os que tramam uma revolução! A timidez é ingênua, elegante, às vezes triste, mas soa bela se representada por um coral de gente vazia e ignorante!

Inevitável é nascer tímido e inevitável é nascer “deslocado” e ainda assim perceber-se tímido. Talvez a timidez seja o comportamento mais natural diante do novo, todavia, há aqueles que nasceram para o novo. Será que a eles são reservadas as fortunas do mundo? Talvez... Mas, muitas vezes estar tímido é estar em si, falando alto calado, arquitetando o novo.

Indesejável, refutável, a timidez é o excesso de saliva que precede o beijo. Para alguns é sangramento que não pode ser cauterizado. Para outros uma praga a ser vencida após inúmeras sessões de terapia, aulas de teatro e frases ditas para o espelho. A timidez é um lugar fora do palco, mas quem sabe também o merecido repouso para um artista!





segunda-feira, 4 de julho de 2011

Identidade



Colagens em cadernos, sites pessoais, tatuagens, pôsteres na parede do quarto? É preciso ser, é preciso divulgar-se! Entretanto, na busca desenfreada por uma identidade muitos acabam se tornando apenas espelhos de idéias divulgadas. Afinal, o que separa a busca da identidade do ato de descobrir-se? Se quase todos os conceitos existentes foram criados em épocas anteriores ao nosso nascimento o que nos garante que a união dos ideais que defendemos possa ser o reflexo da singularidade do nosso ser? Já, que não é possível possuir a patente dos pensamentos adotados será a história pessoal o que torna o homem único? Porém, vale lembrar que se tratando de história o destino não se priva de repetir os mesmos fatos com seres diferentes.


Extremamente fácil é reconhecer uma pedra ao vê-la, todavia, o ato de reconhecer é uma questão flexível, variável de acordo com as interpretações. Logo, pode-se concluir que a identidade de uma pedra não é a mesma para pessoas diferentes. Contudo, a pedra não deseja ser pedra, ela apenas é e até uma segunda ordem da natureza continuará sendo. O que faz o homem viver para divulgar a sua identidade? Será apenas uma questão de vaidade? Será que muitas das ações humanas estão apenas relacionadas a uma competição para eleger o melhor publicitário do eu?

Quem é você? Quem foi você? E enfim, o que ainda pretende ser? Por fim, qual é a sua razão de ser? E ainda quem é você aos olhos do outro? Será verdade que vê melhor quem vê de fora? Questões complexas essas, não? De fato, mas apenas por exigirem profunda reflexão! Reflexão, talvez essa seja a diferença entre a vontade de ser e o ato de descobrir-se. Logo, só é possível conhecer a própria identidade após longo período de reflexão, apenas aquele que entende o que foi pode determinar o que é, e conscientemente escolher o que será! Por isso, caro leitor, seja! Conheça a si mesmo e conheça o outro, aquele outro variável que qualquer um se torna diante dos olhos alheios.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Genialidade e uso de drogas


De maneira quase inexplicável, grandes talentos são concedidos a determinados homens, são seres indispensáveis que com seus talentos impulsionam a humanidade a enormes avanços, suas contribuições são praticamente atemporais. Tendo em vista que estes seres, quase sempre, eram convictos de seus potenciais e inteligências diferenciadas como justificar o uso de drogas como uma característica em comum entre muitos deles? Afinal, o que poderia influenciar esses homens a caminhar rumo à autodestruição? Talvez a simples afirmação de que são humanos bastasse, afinal, o homem sempre teve a necessidade de algum ópio. Todavia, não devemos ignorar que é espantoso o número de usuários de drogas entre uma classe tão pequena e distinta da sociedade.


Após breve pesquisa decidi listar o nome de alguns gênios de diferentes áreas que faziam o uso de drogas. Elvis Presley, o rei do rock, abominava cocaína heroína e maconha, porém, o alto consumo das chamadas drogas lícitas (moderadores de apetite, remédios para perda de peso) o conduziu à morte. Também devido ao uso de drogas lícitas o Brasil perdeu outro grande gênio do rock, Raul Seixas era alcoólatra e faleceu em 1989, vítima de pancreatite aguda. Vincent Van Gogh, um dos maiores pintores nascidos na Holanda, era viciado em absinto. O poeta Charles Baudelaire foi inspirado pelo uso de drogas (ópio e haxixe) a escrever Paraísos artificiais, uma reflexão sobre o uso de drogas.

Agora para respondermos aos questionamentos iniciais, será necessário mais do que listar nomes. A chave para essas perguntas talvez se encontre na análise características em comum na vida da maioria destes seres geniais. Muitas vezes, os gênios são seres inicialmente desprezados pela sociedade, atados pela solidão do seu supremo intelecto. Inúmeros grandes nomes da história foram isolados e taxados de loucos. Acima de qualquer curiosidade talvez a rejeição social e a incompreensão sejam boas justificativas para o uso de drogas. É o caso do pintor Vincent Van Gogh, que falhou em todos os fatores importantes para a sua época. Foi incapaz de constituir família, custear a própria subsistência e até mesmo manter contatos sociais. Então aos 37 anos, sucumbiu a uma doença mental, cometendo suicídio.

Tendo em vista todos os comentários realizados neste texto, quem sabe a humanidade esteja desperdiçando, agora mesmo, grande avanços apenas pela falta de incentivos, oportunidades e até mesmo um simples olhar clínico.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Criaturas urbanas.

 
Criaturas urbanas elegem os seus bares, criaturas urbanas embriagam-se à noite e perambulam pelas ruas, sentam-se nas praças. E o vagar é lento, quase se arrasta... Criaturas urbanas sempre tão perseguidas, até os outdoors as seguem, e elas sentem medo de tudo, seus piores pavores no vazio florescem. Será que estão compradas? Que prazeres procuram quando fixam seus olhos nas vitrines dos centros? Que urgência as convoca quando apresentam o cômico espetáculo de desafiar o semáforo?
 Criaturas urbanas são selvagens refinados, carregam sempre um, por favor, encenado, obrigado e, finalmente, OBRIGADO. Mas, o riso segue sempre frouxo, suas garrafas vazias, seu peito vazio... Calado ou amordaçado? São artistas circenses ou apenas animais explorados e por fim enjaulados?
 Criaturas urbanas fazem das ruas passarelas e exibem seus brincos, piercings, vestidos, sapatos e cabelos multicoloridos. É fato que em meio ao cinza quase tudo se destaca! Que motivação sombria induz estes selvagens refinados a se segregarem e muitas vezes até a se confrontarem?
 Todavia, são criaturas valentes, cavaleiros de cruzadas solitárias, seja no conforto do carro seja no aperto da condução. São os simples operários de fábricas gigantes, famintos funcionários de grandes supermercados. São servos acorrentados, são ricos empresários confinados nos números. Coitados, vivem sempre oprimidos! Será a fumaça que aflige? Será o eterno nublado dos arranhásseis? Por que não sair da corrida? Por que não retirar a máscara e esquecer a vida de atormentada criatura? Por que não deixar a cidade? Por que não trocar a paisagem, ou ao menos melhorar a paisagem? Cadê a lata de spray? Onde estão os poetas marginais? Cadê o teu malabares?




quarta-feira, 25 de maio de 2011

O que é sucesso?

É do conhecimento de todos que o significado da palavra sucesso representa obter êxito em algo, entretanto, apenas o uso de uma definição formal torna-se insuficiente para abordar as inúmeras interpretações dadas ao conceito deste substantivo. Afinal, alcançar o sucesso é sinônimo apenas de respirar os ares do topo? Geralmente, os vistos como bem sucedidos, quase sempre, são apenas aqueles que tiveram melhor desempenho na escalada das convenções sociais! Avaliando esta ótica percebemos que obter o sucesso está deixando de ser uma conquista subjetiva para tornar-se um conceito geral. Sim, muitas vezes é o sistema quem dita o que devemos considerar ideal! Sendo assim, para que perder tempo? Qual é a razão de investir no autoconhecimento e de identificar nossos reais anseios se a voz do povo e os comerciais já fazem isso por nós?


Sendo a definição de sucesso algo inteiramente subjetivo é possível questionarmos diversos símbolos de sucesso. Logo, qual é a importância de investir a qualquer custo na carreira mais promissora? É realmente necessário comprar o carro do ano? É imprescindível casar, ter filhos, viajar o mundo, acumular riquezas, manter a boa aparência...? Certamente, a melhor resposta para todas essas perguntas é tanto faz, já que cabe a cada um de nós determinarmos as metas que desejamos cumprir. Às vezes, o melhor pode ser ganhar menos, economizar tempo e viver mais. Para alguns sucesso é concluir o projeto, para outros é lucrar após a conclusão do projeto. Além do mais, será que os que se encaixam no estereótipo de “bem sucedidos” se julgam realizados? Será o sucesso idêntico a um cume que depois de alcançado não nos deixa alternativa senão nos contentarmos? Sei lá, estamos sempre insatisfeitos! Quem sabe também seja sucesso a mudança de planos, o aprendizado ao longo da jornada.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Dores do recomeço

 Amargurado, limpando os vestígios do próprio abandono. A face ainda repleta de lama, os olhos apertados e úmidos e o espírito tão cansado. Alguns quilos a mais, garrafas vazias, o sono atrasado e tantos vícios a perder. E há quem diga que recomeçar é uma simples tarefa! Talvez seja o cinema o responsável por internalizar em nossos subconscientes essa visão de suprema glória relacionada ao ato de recomeçar. Afinal, é quase incontável o número de ficções onde o protagonista reergue-se, rapidamente, de maneira triunfal, quase que auxiliado em tudo pelo destino. Todavia, colocando-se de lado os holofotes e o glamour encontrado nos roteiros das super produções essa não é a realidade mais frequente de encontrarmos. Fato é que muitos ao tomarem a decisão de recomeçar ainda encontram-se bem próximos do chão, atormentados, destilando suas antigas angústias.
 Para alguns recomeçar é reunir símbolos religiosos e travar um combate justo consigo mesmo. Às vezes, recomeçar também é abandonar-se, revestir-se de novos valores para seguir em frente. Recomeçar é dar a luz ao novo e aceitar de bom grado as dores deste parto! Precisamos ficar atentos, meus caros leitores, nem sempre o que determina a mudança é à força dos anseios dos novos pensamentos. Muitas vezes, a caminhada só nos conduz a algo sublime através das dores, não as antigas que tivemos, mas as novas que escolhemos. As dores do recomeço igualam-se ao pedágio que precisamos pagar nas vias expressas! São penitências que nos impõem para que possamos nos adaptar a estrada, geralmente, representam um grande teste a paciência. Recomeçar é libertar-se, é refletir, é romper mesmo que com os dentes os grilhões que nos atém ao passado. Por isso, pague o pedágio, dê a luz ao novo, rompa os grilhões e se lembre, sempre, que após isso sempre é possível ir ao dentista! Desejar o recomeço é o caminho da cura!

" Quem acredita sempre alcança".
Renato Russo

" Eu preciso prosseguir e me libertar".
Detonautas

sexta-feira, 29 de abril de 2011

The rules of love.

“E hoje em dia como é que se diz eu te amo”.
Link letra e video /vamos fazer um filme/ Legião Urbana/


“Love sister it's just a shot away”
Link tradução e música/ Gimme Shelter/ Legião Urbana/

“Mas se um dia eu me der bem
Vai ser sem jogo”.
Link letra e video/ amor, amor/ Barão Vermelho/

 Palavras doces, frases feitas, coração em alerta. Tudo é tênue quando a vontade colabora, e tudo é êxtase quando a conquista é novidade. O andar cauteloso é a melhor medida contra o perigo, quando doar-se tornasse um risco? Que regras aplicar num jogo que não envolve aquisições? Será possível a existência de um placar para o amor, será justo o uso de regras para o ato de amar? Questão complexa de ser respondida essa, entretanto, nem sempre atirar-se de cabeça representa a melhor opção quando se trata de relacionamentos. Infelizmente, os seres humanos possuem tendências de sistematizar todas as suas relações, até mesmo tratando de um sentimento natural como a paixão nós ainda insistimos em criar praxes de conduta, metas a serem cumpridas.
 Algumas correntes filosóficas defendem que há sempre uma disputa de poder por trás das interações amorosas, considerando esse ponto de vista anula-se a visão idealizada (cristã) do amor. Afinal, quando tratamos de jogos nunca existem doações apenas baixas estratégicas. Logo, fica a pergunta no ar... Será que nós seres humanos há tempos agimos, inconscientemente, sempre dessa forma? Definitivamente, não sei! Será que este fator comportamental é algo que sempre esteve intrínseco em nós, ou, se trata apenas de uma substituição de valores gerada pelas mudanças sociais? Se considerar mos a segunda alternativa que mudanças são essas? Estará ligada a uma tendência capitalista a nos ditar que precisamos possuir sempre as rédeas da situação, ou, estará ligada ao costume de rotular e por um preço em tudo?
 A verdade é que o próprio conceito de paixão (amor) sempre sofreu transformações ao longo da história. Geralmente, as regras que costumam reger o amor variam de acordo com credo, nacionalidade e etc. Contudo, deixo a minha pergunta no ar... Que rosto terá o amor para as gerações futuras? Projeção complica de se fazer essa ao levarmos em conta que mais do que nunca vivemos numa época de prazeres efêmeros.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Eutanásia.

Na alma resta um único desejo, ter a carne coberta por um longo manto de paz. E as horas de vida traduzem-se somente em múltiplos segundos de sofrimento e o palco da vida torna-se apenas sede para um espetáculo de dor. Não seria uma morte amena a melhor alternativa para os casos onde já não há como se preservar o pleno vigor da vida? Será possível a existência de uma boa morte? E a quem cabe julgar a circunstância em que a manutenção da vida faz-se desnecessária? A resposta mais lógica seria ao doente, mas e quando este já não pode responder por si? Será a escolha pela morte ou pela vida uma opção da família, dos médicos?


A palavra eutanásia possui sua origem no grego eu (bom) e thanatos (morte)! A ideia de encurtar o sofrimento daqueles que já não podem viver em condições normais permeia pelas sociedades humanas há muito tempo. Um exemplo disso é o Egito onde Cleópatra VII criou uma academia para estudar formas menos dolorosas de morte. Há também o registro dessa prática em povos mais modernos como o caso da Holanda, Estado de Oregon (EUA), Alemanha, França e Japão. Nesses locais a prática da eutanásia foi aprovada desde que em casos de morte cerebral ou morte iminente.

Apesar da prática da eutanásia ser uma ideia antiga e bastante divulgada através de filmes e etc, ela ainda encontra muita resistência. Resistência essa que se dá através de diversos meios sociais, a eutanásia é vista com maus olhos por diversas religiões e até mesmo por muitos médicos. Porém, a quem cabe julgar o quanto se deve condenar alguém a viver pela metade? No Brasil a eutanásia ainda não é uma prática legalizada, será que nossos governantes se julgam os proprietários da vida alheia? Afinal, a quem pertence à dádiva da vida? Muitos responderão a essa pergunta com apenas uma afirmação, pertence a Deus! Contudo, essa resposta não é suficiente para resolução desse problema tendo em vista que cada pessoa se relaciona com Deus de maneira diferente. Um exemplo disso é o caso dos budistas que por acreditarem que a vida não pertence a um ser supremo não se opõem à eutanásia.

Fato é que todos queremos uma boa vida, será injusto pode desejar uma boa morte quando essa escolha se faz possível?

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Tolas paixões?

Permiti-se ou fugir? Quase sempre corremos antes mesmo de aprender a andar, com a alma aos pedaços, exaustos, secamos sob o sol! Será que estamos mesmo encharcados ou apenas sem lenço nos banhado em lágrimas? Que sublime ridículo é esse que nos empurra eufóricos para o maior precipício? São tolos todos aqueles que se engrandecem de humildade, são tolos aqueles que se entregam à crença que se algemar é estar em liberdade? Onde repousará os dias de pranto aquele que tornou do outro o seu maior abrigo?


As paixões são caravelas submissas aos desejos do mar, as paixões são aventuras que com sangue temos que pagar. E o que dizer das dores que trazem? Talvez sejam iguais as dores do aleijado ao lembrar da ausência do membro amputado! São tolas todas as paixões carnais ou somente ensaios para o amor sublime?

Segundo a psicologia, os doces devaneios da paixão duram em média em torno de dois anos, após esse tempo os seres tendem a migrar para o total desinteresse ou para alguma zona de conforto. Contudo, será que sempre após esse prazo elevamo-nos as maravilhas do amor? Infelizmente vejo que geralmente esse fato não se constata! Às vezes parece que o que nomeamos amor nada mais é que uma saudade inventada. Porém, o que seria da vida sem o estímulo dos erros, sem a graça divina da ingênua imaginação? Afinal, o quanto custa acreditar, o quanto custa confiar e esperar? Quem sabe é somente “a vida a arte do encontro, embora nela existam tantos desencontros”.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Lembranças


São marcas profundas ou águas escuras que o tempo se incumbe de arrastar na correnteza dos dias? Seria o homem menos inquieto se pudesse selecionar a bagagem que deseja levar consigo? Talvez! Contudo, por mais que seja dado ao homem o livre arbítrio isso ainda não o torna o único autor de sua história. Vivemos dispersos no hoje, com a pesada ancora do passado a nos estagnar e o invisível do futuro a nos encher de ansiedade!
Há quem diga que o remorso é para os fracos, existem também aqueles que simplesmente não voltariam atrás pelo simples fato de que ao consertar seus erros precisariam abrir de parte da constituição do seu eu. Literalmente errar é aprender, mas ainda assim soa injusto que um único erro possa comprometer por completo a existência de um ser. E nos casos em que o destino escolhe as histórias nas quais quer representar o carrasco... Será que até mesmo nessas circunstâncias é cabível ao homem a sentença de ter que carregar à pesada cruz das memórias? Talvez a atitude mais prudente seja enterrar as lembranças negativas e assim selar o passado num tumulo sem lápide, porém mesmo assim “como é difícil conviver carregando um cemitério na cabeça”.
Será a história apenas um misto do doce e do amargo na surpresa dos dias? Que estranha força é essa que escolhe por nós a vida que teremos? E se fosse o homem como ilhas perdidas! Estaríamos distantes dos distúrbios do mundo ou apenas teríamos um acumulo maior de lembranças felizes até a chegada de algum cruel colonizador? Todavia, parece mais que tudo que somos faz parte de uma voraz correnteza onde a água ora segue clara, mas às vezes turva e confusa!