quinta-feira, 23 de junho de 2011

Genialidade e uso de drogas


De maneira quase inexplicável, grandes talentos são concedidos a determinados homens, são seres indispensáveis que com seus talentos impulsionam a humanidade a enormes avanços, suas contribuições são praticamente atemporais. Tendo em vista que estes seres, quase sempre, eram convictos de seus potenciais e inteligências diferenciadas como justificar o uso de drogas como uma característica em comum entre muitos deles? Afinal, o que poderia influenciar esses homens a caminhar rumo à autodestruição? Talvez a simples afirmação de que são humanos bastasse, afinal, o homem sempre teve a necessidade de algum ópio. Todavia, não devemos ignorar que é espantoso o número de usuários de drogas entre uma classe tão pequena e distinta da sociedade.


Após breve pesquisa decidi listar o nome de alguns gênios de diferentes áreas que faziam o uso de drogas. Elvis Presley, o rei do rock, abominava cocaína heroína e maconha, porém, o alto consumo das chamadas drogas lícitas (moderadores de apetite, remédios para perda de peso) o conduziu à morte. Também devido ao uso de drogas lícitas o Brasil perdeu outro grande gênio do rock, Raul Seixas era alcoólatra e faleceu em 1989, vítima de pancreatite aguda. Vincent Van Gogh, um dos maiores pintores nascidos na Holanda, era viciado em absinto. O poeta Charles Baudelaire foi inspirado pelo uso de drogas (ópio e haxixe) a escrever Paraísos artificiais, uma reflexão sobre o uso de drogas.

Agora para respondermos aos questionamentos iniciais, será necessário mais do que listar nomes. A chave para essas perguntas talvez se encontre na análise características em comum na vida da maioria destes seres geniais. Muitas vezes, os gênios são seres inicialmente desprezados pela sociedade, atados pela solidão do seu supremo intelecto. Inúmeros grandes nomes da história foram isolados e taxados de loucos. Acima de qualquer curiosidade talvez a rejeição social e a incompreensão sejam boas justificativas para o uso de drogas. É o caso do pintor Vincent Van Gogh, que falhou em todos os fatores importantes para a sua época. Foi incapaz de constituir família, custear a própria subsistência e até mesmo manter contatos sociais. Então aos 37 anos, sucumbiu a uma doença mental, cometendo suicídio.

Tendo em vista todos os comentários realizados neste texto, quem sabe a humanidade esteja desperdiçando, agora mesmo, grande avanços apenas pela falta de incentivos, oportunidades e até mesmo um simples olhar clínico.

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