terça-feira, 10 de agosto de 2010

A violência do amor.



“Falamos juntos o que não devia nunca ser dito por ninguém”.

“Você empresta e cobra mais tarde com juros, você chora e fede como todo mundo”.

Creio que ao menos um de vocês já deve ter notado que por praxe ou (esperança) iniciamos sempre um relacionamento com as melhores intenções, entregamos ao outro o melhor de nós, talvez até ocultando um pouco a nossa face negra. E ao decorrer da relação, geralmente, nos esforçamos para mantê-la, superando as piores adversidades exercitamos nossa compreensão e às vezes fingimos até descobrir o perdão. Sendo assim, o que motiva as palavras tão duras ditas ao término de uma relação? O que justifica essa violência do amor? Não sei, isso tudo apenas me conduz a pensar que se for o amor um presente divino, essa reação violenta que durante as brigas e principalmente após o término se revela só pode ser o um indício do nosso primitivo anseio bestial. Sim, são nesses momentos que regredimos ao estado de feras, é quando nos arrependemos de tanta entrega, é quando o mais importante deixa de ser a história vivida e passa a ser somente sair com o ego bem nutrido. Somos feras competitivas!

Bem, eu mesmo posso dizer que já recebi alguns tapas na cara, “paguei as minhas dividas, tive a minha parte de terra chutado no rosto”. Porém, não deixo de tentar me libertar dessa herança animal e procuro sempre não me iludir com a falsa sensação de vitória que traz essa competição. Penso que todos sabemos vencer, então se faz necessário apenas aprender a perder também. A cada dia torna-se mais claro para mim que não existe vitória diante da humilhação alheia. Mas, ao mesmo tempo confesso ser incomodo ser derrotado. Violência do amor, que termo estranho! Pois é, é preciso calma!

Um comentário:

Calcanhar de Aquiles disse...

"O amor é o maior dos sentimentos. Ele deve estar acompanhado do verbo, verso e verdade." (Calcanhar de Aquiles).

Abração amigo.