terça-feira, 27 de julho de 2010

00:35, uma saída do túnel.



00:35, fumo um cigarro, esgoto os pensamentos, pensamentos sobre uma coisa qualquer, alguma coisa perdida. Escrevo os meus versos, tristes versos, já nasceram assim, tomaram vida, tomaram minha vida, contando histórias dos reinos em mim.
Outro trago e penso que não sei quem sou, sou um abismo largo, uma calçada na esquina, um banco de praça, floresta virgem, devastada, está em chamas. Mas soa estranho, esse penar é tão vago que me atraio a pensar que seria melhor não pensar.
Agora, penso em outro cigarro, penso que a vida é persistente, persiste nos rios imundos, persiste na boca da noite, na ânsia de vômito, esmorece na presença da febre. Penso na violência do amor, na bondade divina, na virada dos rumos, na saída do túnel.

Um comentário:

Anônimo disse...

Como seria não pensar, e por isso não poder pensar que seria melhor não pensar...?