segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Estrada do tempo.


“O que espero da vida, o que quero na minha vida? Bom tempo, muito tempo”.

“O tempo não para, não para não, não para”.


Tempo... Faminto, caro, desnutrido, vago, atleta, paraplégico!... De inúmeras formas nos aborrece o desenrolar do tempo, às vezes ele é pleno e se esvai tão depressa em nossas mãos que chega a ser cruel... Sem dizer adeus, um instante e já foi, ficam apenas as lembranças. É, quem sabe são elas... Talvez as boas lembranças sejam um pedido de desculpas do tempo! Já, em outras vezes o tempo é simplesmente carrasco, nos coloca a aguardar em uma dessas salas de espera da vida e passa lento demais, trôpego. Que mensagem quer ele passar nesses momentos, será que há alguma a ser transmitida?
Tempo, quanto tempo? Essa é apenas mais uma das questões que esse enigmático senhor nos oferece. Pois é, não sabemos. E o pequeno grupo que sabe (doentes em fase terminal e etc) não parece lidar bem com essa questão. Mas, já que sequer sabemos quanto tempo temos, qual é a melhor maneira de viver o agora? O tempo é realmente enigmático, um andarilho numa estrada sem fim, um mensageiro sempre a nos alertar que tudo perece. Sim, tudo se finda, as casas que construímos um dia encontram a ruína, as roupas as traças, os romances o término, as amizades o desvio dos rumos... Tudo se finda! A cada dia caminhamos para a inevitável morte, a cada célula que morre, a cada mágoa retida.
O tempo é um rei petulante e de atitudes estranhas, por que decide passar depressa enquanto nos divertimos e devagar quando nos sentimos entrevados? Que ensinamento sobre a vida  alguém pode passar com uma atitude dessas? O tempo é um mar de infinitas águas, é uma linha reta, um aliado de Deus... O tempo não tem piedade, nem mesmo confirma se a vida é eterna. O que quer de nós o tempo? Que deixemos um legado nessa terra? Mas, de que servem as heranças se o tempo as corrói? De que servem as boas mensagens se o tempo as apaga lentamente da lousa da vida. O tempo é soberano, é sobrenatural... Será o nosso tempo o mesmo tempo de Deus? Não sei, parece tudo mesmo um jogo, onde o melhor a se fazer é desafiar o tempo e se tornar imortal. Então caro leitor, boa sorte com o jogo e muito bom tempo para todos.

2 comentários:

Calcanhar de Aquiles disse...

Respondo que ele (o tempo) aprisiona,
eu liberto.
Que ele adormece as paixões,
eu desperto.
E o tempo se rói com inveja de mim,
me vigia querendo aprender
como eu morro de amor
pra tentar reviver.
No fundo é uma eterna criança,
que não soube amadurecer.
Eu posso, ele não vai poder
me esquecer.
(Resposta ao Tempo - Nana Caymmi)

Lendo seu post lembrei dessa música.

Muito bacana o uso que você faz desse espaço.
Abração do amigo "Calcanhar" aqui.

Carla disse...

Oi Thiago, náo me despedi de ti, mas fiquei sabendo pelo meu filho que vc escreveu oi no msn.
Volto p o Rio somente quarta.
Vc escreveu sobre o tempo...e realmente para tantas coisas o tempo è cruel para outras e um bàlsamo para outras tantas.
Pq quando estamos felizes o tempo passa cortando feito faca toda nossa felicidade para no fim arrancar pela raiz tudo que conquistamos e de repente nos tira e nos toma como se ele fosse o dono de tudo.
Somos escravos do tempo.
bjsssssssssssssssss