“Mentir pra si mesmo é sempre a pior mentira”.
“A hora do sim, é um descuido do não”.
Palavras são chaves, estradas que conduzem o homem a caminhos de redenção ou devastação. Por isso ao dizê-las, no instante em que o ar vibra as cordas vocais e torna-se mágica, é preciso cuidado! Será o sim um descuido do não? Às vezes sim, já que muitas vezes é comum se desviar da própria vontade apenas para satisfação alheia. Afinal, leitores, quem dentre vós já ficou um pouco mais querendo ir embora? Por diversas vezes, emprestamos o melhor de nós apenas por não possuirmos talento para recusar. Entretanto, a cada sim sem vontade que dizemos para alguém estamos recusando a nós mesmos! Agindo dessa forma nos tornamos nossos próprios carrascos...Que doença é essa que faz alguém preferir jogar-se numa prisão apenas para ceder as escolhas do outro?
Deixo expresso que o intuito deste texto não é estimular um individualismo cego, já que também creio na doação como uma outra forma de arte. Mas, tratando-se de arte bom entendedor é aquele que sabe interpretar as intenções. É impossível ser feliz sozinho, sem reconhecer à dádiva da doação, mas ao mesmo tempo é impossível ser feliz negaceando sempre a si mesmo. Então cabe ao homem colocar os pesos na balança.
Quando se trata de mim, estou sempre a me policiar em relação a esse assunto. Às vezes entendo que o melhor é esperar o outro, ficar um pouco mais e ouvir. Mas, não quero que o meu sim seja sempre um descuido, não quero estar em segundo plano. Afinal, parte do conceito de ser livre é ter as rédeas das suas próprias decisões e fazer o seu caminho, seja ele de terra, asfalto quente, ou até mesmo repleto de espinhos.
Nota do autor
Um agradecimento especial a uma colega virtual, por ter sugerido o tema e ter me ajudado na escolha da imagem. Vlw, Rose.
4 comentários:
O etermo dilema de doar-se ou negar-se. Poucas vezes o vi tão bem representado. Quando dizemos sim, é a nós ou ao outro? E o NÃO é para quem? ´ É sempre bom refletir...
ser imdividualista quando tem-se tanto a doar ,é o estar-se preso por vontade... Mas até quando poderemos ser felizes,sermos egoístas ao pensar em si próprio ou generosos ao pensar no outro...
Somos muito individualista.Tem que haver um equilíbrio entre o sim e o não.
O bem-estar da alma do homem depende do equilíbrio entre estes dois extremos. Como dizia Hilel, de abençoada memória: "Se eu não for por mim, quem será por mim? Mas se eu for só por mim, o que sou eu? E se não agora, quando?"
É sábio o homem que consegue estar no equilíbrio entre esses dois extremos, o sim e o não, preocupando-se consigo mesmo sem deixar de reconhecer a dependência do homem em relação ao mundo do qual faz parte.
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